Depois de ler tantas postagens políticas nas redes sociais, glorificando um lado e demonizando o outro e vice-versa, não há como fugir de algumas reflexões.
A conotação dos arroubos mais parece a conduta das torcidas de time de futebol, é só passional. Para o futebol é mais do que normal, paixão é paixão e ponto.
Mas nessa luta de poderes, uns querendo ficar, outros querendo voltar, e a turma das sombras (aquela que nunca quer sair dos bastidores do poder) se degladiando para optar por qual lado terá mais chances de lucrar, jogando com informações (nem sempre verídicas) e contra-informações (idem) é próprio de nossa classe política. Dessa estrutura política podre que é permissiva e conveniente para dar espaço para aqueles que pouco se interessam para botar o país definitivamente nos eixos. Se tal ocorrer, perderiam regalias, conhecimento e possibilidades de se perpetuarem no mar de safadezas que navegam.
Entretanto, para nós, o povo, cair no perigo da passionalidade futebolística para optar por um candidato ou outro é justamente o que essa corja, encastelada no poder há anos, que apenas se alternam para continuar lá, quer, almeja com cinismo e determinação. E se valem de todas as promessas já ouvidas, discursos repetidos e caras e bocas mais do que manjadas.
Não importa quem ganhe, ou a sociedade se engaja definitivamente na atenção à vida política do país, acompanhando as atividades dos ilustres parlamentares, de todas as instâncias, cobrando, denunciando, questionando ou tudo continuará como dantes. Aqueles que sempre ganharam, vão continuar se dando bem, muito bem.
E dependendo de quem chegar ao planalto a única diferença será qual(is) segmento(s) da sociedade se ferrará mais, ou será que a memória é tão curta assim? A história recente tá aí mesmo, não se interessar por ela é com que contam os diabólicos(?!) e os ungidos(?!), pois, tenham a certeza que são todos farinha do mesmo saco.
Quantas promessas idênticas foram feitas nas últimas décadas, postulados essenciais como a reforma política, tributária e etc?
Quantas medidas determinantes foram levadas a termo? Medidas que favoreçam a sociedade COMO UM TODO e não crie antipatia entres as classes, a esse deprimente confronto entre regiões do país. Pois, quando a visão do governante não é calcada na justiça para todos chegamos àquela situação mais do que perigosa, o crescimento do extremismo seja de direita ou de esquerda, que historicamente já demonstrou seus malefícios. E é o que estamos vendo com a eleição de algumas figuras neste último pleito.
A grande mudança somente ocorrerá com participação, efetiva, inteligente e principalmente fundamentada na informação, e não numa motivação a cada quatro anos.
Aquele cabra da antiga Grécia, um tal de Platão falou tudo "O preço a pagar pela tua não participação na política é seres governado por quem gosta."
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